No texto de hoje, continuamos uma série que vai te contar mais sobre cada região da Itália. A Toscana é uma das maiores referências culturais e artísticas do mundo e você vai acompanhar no texto muitas informações: geográficas, de custo de vida, gastronomia, tradições e personagens ilustres.

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Benvenuti, ragazzi! Este é o quarto artigo de uma série que vai te contar mais sobre as regiões da Itália. Viajaremos pelas principais cidades, como é viver e viajar para essas regiões, além de contar sobre tradições, sobre culinária local e muitas outras curiosidades que você precisa saber. Vamos nessa?

No artigo de hoje, descemos um pouco no território italiano, com a região da Toscana. Para você não se perder, a região fica mais ao centro da Itália, cercada ao norte pela Emilia-Romagna, ao noroeste pela Liguria, ao nordeste pela região de Marche, pela Umbria a leste e pela região de Lazio, a sudeste.

Territorialmente, a Toscana tem 22,985 km2 de extensão. A população da região toscana é de cerca de 3,7 milhões de habitantes. A cidade capoluogo da Toscana é Firenze.

Firenze, a capital cultural da Itália

A capoluogo e mais famosa cidade da Toscana é uma das maiores referências da arte e da cultura na história da humanidade. Falo de Firenze, é claro! A cidade que foi o nascedouro do período do Renascimento, o grande centro comercial e financeiro da Europa medieval – o que fez da capoluogo toscana uma das mais ricas cidades daquele tempo.

O centro histórico de Firenze é, desde 1982, Patrimônio Mundial da UNESCO. Por conta de suas raízes na arte renascentista, seja em pinturas, em monumentos e na arquitetura, Firenze recebe milhões de turistas todo ano. Muitos museus e galerias de arte se destacam na cidade, como a Galeria Uffizi e o Palazzo Pitti.

Por ser a origem da língua italiana, além das raízes renascentistas, Firenze é a capital cultural da Itália. Por isso, e por ser chancelado por uma escola de Firenze, o Italiano Fácil elegeu a capoluogo da Toscana como sua base operacional na Itália.

Todo ano, levamos alunos da escola para um programa de formação em Firenze. São realizadas atividades ao longo do programa, no qual os participantes vivem a cultura italiana de perto e melhoram o seu nível de italiano.

Outras cidades

Uma das cidades mais importantes da Toscana é Arezzo. Também muito marcada pela belíssima arquitetura, a cidade tem marcas muito significativas do período medieval. A Piazza Grande é um local muito tradicional de Arezzo, com raízes no século XIII.

A arquitetura religiosa é uma marca da cidade de Arezzo, com várias igrejas históricas como a Santa Maria della Pieve, a Cattedrale dei Santi Pietro e Donato – ou Duomo -, a Chiesa de San Domenico e a Basilica de San Francesco. Sem falar outras tantas igrejas ao redor da cidade que podem fazer parte de um roteiro turístico.

É impossível falar da Toscana sem falar de Pisa. Conhecida mundialmente pela Torre di Pisa, a cidade se destaca pelo turismo, pelo comércio e pelas finanças. Mas vale ressaltar: a cidade não é apenas sobre a torre inclinada.

A região de Pisa tem atrativos naturais, como Marina di Pisa, Tirrenia e Calambrone. Porém, é claro, como não se pode deixar de fugir às raízes, os atrativos culturais são pontos que precisam de atenção: o Museo dell’Opera del Duomo é, por exemplo, um local muito visitado.

Outra cidade importante da Toscana é Siena. Uma das curiosidades mais pitorescas desta cidade é que vem de lá o banco mais antigo do mundo, Banca Monte dei Paschi di Siena – fundado em 1472.

O centro histórico da cidade é reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO. Além das raízes medievais, demonstradas principalmente pelo Palio di Siena, a cidade reserva atrativos na arte, na cultura e na culinária.

Custo para morar e viajar na Toscana

Aqui varia bastante, pois depende de que cidade e que região estamos falando. Em Firenze, por exemplo, um aluguel pode variar de 500 a 1500 euros, a depender do tamanho do imóvel e da localidade. Porém, em Arezzo, um aluguel pode sair, em média, perto dos 500 euros, mesmo em local central.

O custo de alimentação, para duas pessoas, pode chegar a 500 euros. E, claro, o custo depende de quanto se vai ou não em restaurantes ou de quanto se pesquisa ao realizar as compras mensais.

O transporte em Firenze, por exemplo, pode custar 30 euros por mês. Trens e ônibus são opções muito bem-vindas na região e facilitam bastante para o deslocamento.

Setores como bares, restaurantes, hotéis e também o comércio são muito atrativos para quem busca uma oportunidade de trabalho especialmente na região de Firenze.

Gastronomia

É impossível falar da gastronomia toscana sem citar a bistecca alla fiorentina. É um filé de corte mais generoso, sempre servido em ponto mal passado – por isso já fique atento, caso você não seja fã de carne mal passada, sem falar que o prato deve ser feito na brasa.

A ribollita é um prato bastante comum na Toscana, é um ensopado de vegetais e pão. O azeite de oliva é um componente muito importante, vale destacar. Pode, inclusive, acompanhar a bistecca alla fiorentina, citada acima.

Outro prato típico é a panzanella. Nada mais é que uma salada com pão, tomate, manjericão, cebola, temperados com azeite de oliva, vinagre, sal e pimenta. Pode incluir pepino também. É um prato considerado ideal para o verão.

Tradicionalíssimo prato toscano, pappa al pomodoro é uma sopa feita de tomate, alho, manjericão, azeite e pão. O que faz a diferença deste prato, que é bom em dias frios, é a qualidade dos ingredientes.

É claro que não poderia faltar um doce entre as iguarias típicas da Toscana. Ou melhor: um pão doce – mais conhecido como panforte – feito com frutas secas, canela, cravo da índia, amêndoas moídas, cascas de laranja e mel. É uma receita tradicional de Siena, surgida na Idade Média, feita – assim como o panetone – em época natalina.

Tradições

O Palio di Siena é um dos eventos mais importantes da Toscana, pois é parte do calendário da cidade desde o século XVII. O evento consiste numa corrida de cavalos pela Piazza del Campo, por três voltas, com o vencedor sendo o cavalo que cruzar a chegada primeiro – independentemente de estar montado ou não.

Já citamos algumas vezes que a Toscana possui raízes medievais. Uma das festas mais legais da região é a Monteriggioni Festa Medievale. Ao longo de dois fins de semana seguidos, é recriado um ambiente de uma aldeia da Idade Média do século XIII. A comida, o dinheiro, as vestimentas, tudo é feito para rememorar aquele período.

Uma tradição pra lá de antiga em Firenze é a do calcio storico fiorentino. É uma modalidade que une futebol, rugby e luta livre. Em junho, na Piazza Santa Croce, quatro times representando os bairros históricos se enfrentam para definir o melhor entre eles. São 27 atletas de cada lado e o objetivo é levar a bola até o fim do campo adversário.

Toscanos famosos

Entre as mais conhecidas personalidades oriundas da região da Toscana, estão:

  • Michelangelo (1475-1564): natural de Caprese – perto de Arezzo -, foi um dos maiores escultores, pintores, arquitetos e poetas da história da humanidade. Foi o autor da pintura do teto da Capela Sistina, com a obra Juízo Final sendo grande destaque dentro da capela.
  • Andrea Bocelli (1958- ): natural de Lajatico – na província de Pisa -, é um sinônimo de ópera. Tenor e multi-instrumentista, Bocelli emociona multidões com suas músicas. São 15 álbuns solo gravados em música pop e clássica, três álbuns de grandes hits e nove óperas, com um total de 75 milhões de cópias vendidas.
  • Niccolò Machiavelli (1469-1527): nascido e morto em Firenze, Machiavelli é famoso, principalmente, pela obra Il Principe – uma referência histórica das áreas da filosofia política e da ciência política. Contudo, Machiavelli foi muito conhecido pela frase “Os fins justificam os meios”, tanto que há um adjetivo no português inspirado em sua obra – “maquiavélico”.
  • Dante Alighieri (1265-1321): nascido em Firenze, foi um influente escritor, poeta e filósofo. Sua obra mais famosa é Divina Commedia, de suma importância na Idade Média e considerada a maior obra literária do idioma italiano. Alighieri é considerado o pai da língua italiana, muito porque sua maior obra ajudou a padronizar a língua italiana como a gente conhece hoje.

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