Regioni D’Italia: Lombardia

No texto de hoje, continuamos uma série que vai te contar mais sobre cada região da Itália. A Lombardia é uma das principais forças econômicas da Itália e você vai acompanhar no texto muitas informações: geográficas, de custo de vida, gastronomia, tradições e personagens ilustres.

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Benvenuti, ragazzi! Este é o terceiro artigo de uma série que vai te contar mais sobre as regiões da Itália. Viajaremos pelas principais cidades, como é viver e viajar para essas regiões, além de contar sobre tradições, sobre culinária local e muitas outras curiosidades que você precisa saber. Vamos nessa?

Seguiremos pelo norte da Itália no artigo de hoje, com a região da Lombardia. Para você não se perder, a região lombarda fica no norte da Itália, cercada ao norte pela Suíça, ao leste pelas regiões de Trentino-Alto Adige e Veneto, ao oeste pelo Piemonte e ao sul pela Emilia-Romagna.

Territorialmente, a Lombardia é a quarta maior região italiana, com 23,861 km2 de extensão. A população da Lombardia é de cerca de 10 milhões de habitantes, o que corresponde a mais de um sexto da população de toda a Itália. A cidade capoluogo da Lombardia é Milano.

Principais cidades

Nada mais justo que começarmos pela cidade mais importante, Milano. A capoluogo lombarda é a maior e mais populosa cidade da região, com cerca de 1,4 milhão de habitantes – a segunda maior cidade italiana. Sua área metropolitana pode beirar os 4 milhões de habitantes, sendo a terceira maior região metropolitana da União Europeia.

Milano fala por si só. É uma cidade global, onde se destacam arte, comércio, design, educação, entretenimento, finanças e turismo, por exemplo. Contudo, a grande marca de Milano é ser um dos quatro grandes centros da moda mundial. Um dos eventos mais marcantes da cidade é a Fashion Week de Milano – um atrativo e tanto!

Não só eventos de moda acontecem em Milano. Quando se trata de eventos esportivos. Milano é um centro importantíssimo. Ao lado de Cortina D’Ampezzo, a cidade receberá os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno, em 2026.

Contudo, é no futebol que a cidade tem maior destaque. Com dois clubes campeões europeus e do mundo – Internazionale e Milan -, Milano já foi palco de jogos em duas Copas do Mundo (1934 e 1990) e em duas finais de UEFA Champions League (2001 e 2016) na era moderna.

A segunda cidade mais populosa da Lombardia é Brescia. Com cerca de 200 mil habitantes, a cidade é considerada um importante centro industrial do país – forte na produção metalúrgica, de ferramentas e de armas de fogo, além de engenharia mecânica e automotiva.

Brescia possui uma riqueza arquitetônica e de antiguidade muito importante. Na cidade, está presente o complexo monástico de San Salvatore-Santa Giulia, além de sítios arqueológicos do período romano – ambos Patrimônio Mundial da UNESCO. Sem falar das catedrais, o Duomo Vecchio e o Duomo Nuovo – belas riquezas de Brescia.

A terceira cidade mais populosa da região lombarda é Monza. A cidade tem em torno de 125 mil habitantes e é destaque na área industrial, mais voltada ao ramo têxtil. O artesanato é uma outra das grandes forças de trabalho da localidade.

Contudo, um destaque muito peculiar de Monza, assim como de Milano, está voltado ao esporte. A cidade sedia, desde 1950, o Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1, no Autodromo Nazionale di Monza. O circuito já foi palco de grandes decisões da categoria mais importante do automobilismo mundial e é um dos locais sagrados para os tifosi da Ferrari.

A quarta maior cidade da Lombardia é Bergamo. Por ser bem conectada, a cidade é um centro atrativo a muitos visitantes. Bergamo é conectada a Milano, Torino, Verona, Venezia e Trieste pela Autostrada A4 – a Serenissima -, além de ter um aeroporto – o Internacional de Caravaggio – muito utilizado – são quase 14 milhões de viajantes que passaram por lá em 2019.

Bergamo é a segunda cidade mais visitada da Lombardia – atrás apenas de Milano. Inclusive, Bergamo é dividida em duas partes, Città Alta e Città Bassa. A primeira recebe a maior parte dos monumentos locais, enquanto a última conserva aspectos históricos de sua origem antiga. As duas partes são separadas pela mura venete di Bergamo, construção do século XVI que faz parte do Patrimônio da Humanidade da UNESCO desde 2017.

Custo para morar e viajar na Lombardia

A Lombardia, por ser o centro econômico da Itália, possui um custo de vida mais elevado. Em Milano, capoluogo da região, por exemplo, apenas o aluguel de um imóvel pode girar de 700 a 2 mil euros. Se considerarmos outros gastos mensais, o custo – sem aluguel – pode ser de até 750 euros ao mês.

No entanto, é possível ficar bem estabelecido na região. Há oportunidades de trabalho variadas, desde a área de Tecnologia da Informação (TI), engenharia até as áreas de comércio, logística e setores voltados ao turismo e à gastronomia.

Para viajar à Milano, por exemplo, você precisa observar alguns detalhes importantes antes de partir. É recomendável planejar com muita antecedência – entre 6 meses e um ano – a sua viagem, para que o custo seja menor e para que você possa aproveitar as atrações em melhores condições.

E atenção: o período de alta temporada – onde o custo fica muito maior – está nos meses de dezembro e janeiro, além de julho. As diárias de hospedagem na capoluogo da Lombardia podem girar de 120 a 1000 euros. Portanto, é bom observar não só a localidade escolhida, mas também o período do ano em que você escolhe viajar.

Gastronomia

Podemos dizer que a gastronomia lombarda é, no mínimo, familiar. Logo você vai entender o que quis dizer. Para começo de conversa, o risoto é uma atração típica da região. Com o arroz de elemento carro-chefe, o risoto lombardo mais famoso é o risotto alla milanese, que tem uma versão simples, com arroz, manteiga e açafrão, mas há versões que levam ossobuco.

Outra delícias lombardas bastante conhecidas são a polenta e a cotoletta alla milanese – prato feito com carne bovina – na América do Sul, apenas milanesa. Mas antes de irmos a mais pratos bastante lombardos, você sabia que o panettone e a colomba são pratos doces típicos de Milano?

Um prato bastante típico da Lombardia é a pizzoccheri, uma massa feita com trigo sarraceno, servida junto de queijo, batatas, manteiga e legumes.

Por falar em queijo, um tipo bastante conhecidos é originário da região da Lombardia. Falo do queijo gorgonzola! O nome, inclusive, vem de uma cidadezinha da região lombarda também chamada Gorgonzola. Ela tem apenas 20 mil habitantes, mas ajudou a batizar um dos queijos mais famosos e consumidos no mundo.

Outra atração doce que vem de terras lombardas é o torrone cremonese. Feito com mel, açúcar, claras de ovos, castanhas e amêndoas, é um doce que tem variantes distintas ao redor do mundo, mas a versão italiana é um alimento típico de Natal.

Tradições

Em Milano, há uma tradição muito importante, uma feira de Natal, conhecida como “Oh bej! Oh bej!”, que pode ser traduzido do milanês como “oh, que legal! oh, que legal!”. Ela ocorre todo dia 7 de dezembro e vai até o domingo seguinte à data. A feira é informalmente conhecida como Fiera di Sant’Ambrogio.

Normalmente, a feira comercializa doces, produtos natalinos ou de inverno, brinquedos, antiguidades, etc. Ela ocorre, desde 2006, na área do Castello Sforzesco.

Um evento lombardo que tem caráter histórico e tradicional é o carnevale di Bagolino, na região de Brescia. É um evento muito antigo e curioso que conserva ainda a arquitetura medieval, que ocorre no Valle del Caffaro. Duas manifestações acontecem ao longo do evento: a imagem elegante dos Balarì (dançarinos e sonhadores) e a imagem grotesca dos Maschèr (mascarados).

Lombardos famosos

Entre as mais conhecidas personalidades oriundas da região da Lombardia, estão:

  • O político e empresário Silvio Berlusconi (1936- ): natural de Milano, Berlusconi foi primeiro-ministro italiano em quatro governos (1994 a 1995; 2001 a 2006; 2008 a 2011), além de ex-proprietário do AC Milan entre 1986 e 2017. Hoje, é o maior acionista do Gruppo Mediaset – maior grupo de mídia da Itália – e proprietário do AC Monza, clube de futebol da região da Lombardia.
  • Papa Paulo VI (1897-1978): natural da região de Brescia, Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini foi o chefe da Igreja Católica entre 1963 e 1978, sucedeu João XXIII e antecedeu João Paulo I, e foi o primeiro papa a viajar de avião e a conhecer a Terra Santa, em Jerusalém.
  • Leonardo da Vinci (1452-1519): natural de Vigevano, foi um dos maiores pensadores, pintores, engenheiros, escultores, cientistas e arquitetos da humanidade. Um dos nomes mais importantes do Renascimento, Leonardo da Vinci fez grandes contribuições para a evolução do conhecimento e brindou o mundo com a Mona Lisa, uma das mais icônicas peças de arte da história.
  • Caravaggio (1571-1610): natural de Milano, Michelangelo Marisi da Caravaggio foi um pintor dos mais importantes da Itália, tendo seu trabalho mais reconhecido em Roma, Napoli, Malta e Sicília. Seu estilo mais conhecido foi o barroco.

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