Regioni D’Italia: Piemonte

No texto de hoje, começamos uma série que vai te contar mais sobre cada região da Itália. O Piemonte é uma das mais importantes regiones italianas e você vai acompanhar no texto muitas informações: geográficas, de custo de vida, gastronomia, tradições e personagens ilustres.

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Benvenuti, ragazzi! Este é o primeiro artigo de uma série que vai te contar mais sobre as regiões da Itália. Viajaremos pelas principais cidades, como é viver e viajar para essas regiões, além de contar sobre tradições, sobre culinária local e muitas outras curiosidades que você precisa saber. Vamos nessa?

Começaremos mais ao norte da Itália no artigo de hoje, com a região do Piemonte. Para você não se perder, a região piemontesa fica no noroeste da Itália, cercada ao noroeste pela região de Valle D’Aosta, ao nordeste pela Suíça, ao leste pelas regiões da Lombardia e da Emilia-Romagna, ao oeste pela França e ao sul pela região da Liguria.

Do ponto de vista territorial, a região do Piemonte é a segunda maior da Itália, com 25.402 km² de extensão. A população da região é de cerca de 4,2 milhões de habitantes e sua capoluogo é Torino.

 

Principais cidades

Por falar em Torino, a principal cidade piemontesa é de longe a maior e mais populosa da região, com mais de 875 mil habitantes.

Conhecida pela tradição automobilística – graças à fábrica da Fiat -, esportiva – graças a Juventus e Torino – e por estar aos pés dos Alpes, Torino guarda muitos tesouros e muita história, como os museus Nazionale del Cinema, Dell’Automobile e Egizio.

Outra importante cidade do Piemonte é Novara, de 104 mil habitantes, onde os grandes destaques vão para a arquitetura sacra, através da Basilica di San Gaudenzio – palco do Festival di Musica Sacra -, e para a agricultura – Novara é conhecida pelos seus campos de plantação de arroz.

A terceira maior cidade piemontesa é Alessandria. Com 93 mil habitantes, a localidade se diferencia por ser um grande centro ferroviário na Itália. Com ligações diretas para Alemanha, Holanda e grandes cidades como Genoa, Torino e Milano, Alessandria está no coração do Piemonte através do aço.

Outra cidade que você deve conhecer no Piemonte é Asti. Com 76 mil habitantes, a quarta maior cidade piemontesa é conhecida não só pelos vinhos finos, mas principalmente pelo Palio di Asti, tradição da cidade que vem desde o século XIII. O Palio di Asti é o mais antigo do país e ocorre anualmente no terceiro domingo de setembro.

Custo para morar e viajar no Piemonte

Na maior cidade piemontesa, Torino, o custo de vida é considerado médio, comparado com outras cidades italianas. Se considerarmos moradia, contas de casa, mercado, transporte e lazer, o custo médio para se viver em Torino pode ser de 890 euros.

Para quem é da área de TI (Tecnologia da Informação), da indústria, ou até para quem se dispõe a trabalhar com limpeza ou em restaurantes, há oportunidades para você ganhar a vida em Torino.

O custo de uma viagem para Torino, por exemplo, varia muito. Não há voos diretos do Brasil para a capoluogo do Piemonte, portanto, você terá de fazer uma conexão em outra cidade, como Roma ou como Frankfurt. Conforme a época, também o custo pode variar.

Por exemplo, o mês de fevereiro – durante o inverno – é a melhor oportunidade para passagens aéreas mais baratas. Com esses aspectos levados em conta, a passagem pode ficar entre R$ 2.000 e R$ 8.000.

Gastronomia

Sabe aquele famoso creme de avelã que virou febre no Brasil? Ele é feito no Piemonte! Em Alba, está a fábrica da Ferrero, produtora não só do bombom Ferrero Rocher, do Kinder Ovo, do Tic Tac, como também da Nutella, uma das marcas mais famosas do mundo.

E não pode faltar a pasta italiana, né? O tajarin ou tagliolini é um dos pratos mais conhecidos da gastronomia piemontesa. É uma massa de ovos fresca, normalmente servida com molhos e acompanhamentos.

Além disso, o molho mais conhecido da região do Piemonte é o Bagna caùda (molho quente, no piemontês). O creme é feito com base de anchovas, alho, azeite de oliva e creme de leite fresco. Pode ser servido como fondue ou como molho para massas.

Tradições

Uma curiosidade importante sobre o Piemonte é que a região ainda preserva seu idioma próprio, o piemontês – o italiano é o idioma oficial. Os primeiros registros do piemontês remontam do século XII, através dos sermones subalpini. Hoje, em torno de 700 mil italianos do Piemonte são falantes do piemontês.

No entanto, há uma tradição pra lá de curiosa no Piemonte: a batalha de laranjas de Ivrea. Este pitoresco costume é parte do Carnaval Histórico de Ivrea, iniciado nas festas medievais locais.

Durante a dominação napoleônica, no começo do século XIX, houve uma unificação das festas locais em Ivrea, e se chegou até o carnaval. A festa dura três dias, sendo iniciada em 6 de janeiro.

A comunidade de Ivrea celebra a libertação da tirania. O povo é representado por grupos de atiradores de laranja a pé. Eles lutam contra os “soldados do tirano” que percorrem a cidade em 50 carroças puxadas por cavalos.

Há nove equipes: Picche, Morte, Tuchini, Scacchi, Arduini, Pantere, Diavoli, Mercenari e Credendari. Durante os dias de festa, há uma obrigação para os participantes vestirem um boné frígio vermelho – para que não sejam alvos dos atiradores de laranja e também para recordar dos revolucionários franceses.

Piemonteses famosos

Entre as principais personalidades da região do Piemonte estão:

  • A médica neurologista Rita Levi-Montalcini – natural de Torino -, laureada com Prêmio Nobel de Medicina de 1986, por sua contribuição para ampliar o conhecimento do mal de Alzheimer e a doença de Huntington.
  • O escritor Umberto Eco – natural de Alessandria -, famoso por sua contribuição às ciências humanas no mundo acadêmico e por romances, entre eles “Il Nome della Rosa”.
  • A cantora, compositora e modelo Carla Bruni – natural de Turim -, conhecida não só pela sua música, mas também por ter sido a primeira dama da França ao longo do tempo em que seu marido Nicolas Sarkozy foi chefe de Estado francês.
  • O químico e escritor Primo Levi – natural de Turim -, famoso pelo livro “Se questo è un uomo”, em que contou sua experiência como prisioneiro dos campos de concentração nazistas na Segunda Guerra Mundial e sobre sua volta para casa.

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