Regioni D’Italia: Valle D’Aosta

No texto de hoje, continuamos uma série que vai te contar mais sobre cada região da Itália. O Valle D'Aosta é uma das mais ricas regiones italianas em termos de arquitetura antiga e você vai acompanhar no texto muitas informações: geográficas, de custo de vida, gastronomia, tradições e personagens ilustres.

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Benvenuti, ragazzi! Este é o segundo artigo de uma série que vai te contar mais sobre as regiões da Itália. Viajaremos pelas principais cidades, como é viver e viajar para essas regiões, além de contar sobre tradições, sobre culinária local e muitas outras curiosidades que você precisa saber. Vamos nessa?

No artigo de hoje, vamos viajar mais ao noroeste da Itália, com a região de Valle D’Aosta. Geograficamente, a região é fronteiriça com a Suíça, ao norte, com a França, a oeste e tem limites a sul e a leste com a região do Piemonte.

O território de Valle D’Aosta é relativamente pequeno, tem apenas 3.260,9 km² de extensão. Sua população é de cerca de 124 mil habitantes. A capoluogo da região é Aosta.

 

Principais cidades

A maior cidade da região, Aosta, tem apenas 34 mil habitantes. Para efeitos de localização, Aosta fica a 110 km de Torino – capoluogo do Piemonte. Aosta é habitada desde os povos celtas Salassi, ainda antes da chegada do Império Romano à região, no século I, A.C.

Aosta é conhecida pelas suas construções medievais e sítios arqueológicos. É a segunda cidade, depois de Roma, com o maior número de vestígios romanos ainda visíveis – não à toa é chamada de Roma dos Alpes. Uma das atrações é a área megalítica de Saint-Martin-de-Corléans, local com monumentos megalíticos que datam da Idade do Bronze.

Outra importante cidade do Valle D’Aosta é Châtillon, de cerca de 5 mil habitantes. Assim como a capoluogo, Châtillon também se destaca na arquitetura medieval, assim como na arquitetura sacra. Castelos e igrejas são alguns dos atrativos da localidade.

Mais uma cidade importante da região é Saint-Vincent, com em torno de 4,4 mil habitantes. A arquitetura sacra e as riquezas arqueológicas são grandes marcas dessa cidade. A grande atração é a Chiesa di San Vincenzo, que data do século XII.

A segunda cidade mais populosa do Valle D’Aosta é Sarre, com cerca de 4,8 mil habitantes. É outra cidade marcada pela forte influência medieval em seus maiores monumentos. O Castello di Sarre é o principal deles.

Custo para morar no Valle D’Aosta

Na capital da região, Aosta, por exemplo, o custo de vida é considerado intermediário, se comparado com outras localidades na Itália. Se considerarmos o aluguel de um apartamento simples, de um quarto, o custo pode ser de 450 euros.

A região do Valle D’Aosta é autônoma – o que significa que há mais recursos disponíveis por habitante. Devido a uma boa administração, Aosta, por exemplo, é considerada uma das melhores cidades para se morar na Itália – por suas ruas limpas, bom transporte público, além de boas escolas e segurança para se viver.

Gastronomia

A gastronomia da região do Valle D’Aosta é marcada pela influência camponesa. Carne bovina e queijos são marcas registradas da localidade. Uma das delícias da região é a carbonada. Prato originário da Bélgica, mas que é típico do Valle D’Aosta, um cozido de carne bovina com cebola e vinho tinto, que pode ser ensopado ou servido sobre a polenta.

Outra maravilha típica da região do Valle D’Aosta é a mocetta. Considerada um Prodotto Agroalimentare Tradizionale (P.A.T.) italiano, a mocetta é um fiambre feito de carne magra, músculo ou coxa – podendo ser bovina, ovina, caprina, suína ou até selvagem. Esta carne é temperada com alho, louro, alecrim, sálvia, entre outras ervas da montanha, salgada e marinada no sumo da carne escolhida.

Um grande atrativo do Valle D’Aosta é o fondue feito do queijo Fontina D.O.P., mais conhecido como Fonduta. O Fontina tem um sabor adocicado e intenso, e vai junto de água, leite, manteiga e vitelo na receita. Acompanha bem carnes, pães e vegetais.

Tradições

Você deve ter estranhado os vários nomes mais afrancesados ao longo do texto de hoje, eu sei. Mas o Valle D’Aosta é uma região bilíngue, seus idiomas oficiais são o italiano e o francês (através do dialeto francês valdostano). Outras línguas reconhecidas no Valle D’Aosta são o francoprovenzale (através do dialeto valdostano) e o alemão walser (falado nas vilas de Gressoney-Saint-Jean, Gressoney La-Trinité e Issime).

Uma tradição do Valle D’Aosta é o jogo chamado fiolet, de origens valdostanas. O jogo consiste em rebater uma bola oval no ar e lançá-la o mais longe possível. O taco lembra muito o utilizado no golfe. Além disso, a bola dá nome ao jogo. O melhor jogador é premiado com o Bâton D’Or (ou Vara de Ouro).

Dentre as tradições mais curiosas da região do Valle D’Aosta está a dos Sabotiers D’Ayas. Basicamente consiste na moldagem de uma espécie de tamancos de madeira, muito comum no Val D’Ayas. A moda dos sabots (nome usado para os tamancos) é originária dos países nórdicos. Um único sabotier, por exemplo, pode fazer até 15 pares de tamancos por dia.

Mais uma tradição local da região é Il Carnevale della Coumba freida. É considerado um momento de coesão social e de diversão. O costume remonta do período napoleônico, quando os soldados franceses, junto do imperador Napoleão Bonaparte, passaram pela localidade em maio de 1800.

Os landzette – personagens típicos do evento – lembram soldados napoleônicos, tanto pela vestimenta vermelha quanto pelo formato dos chapéus (embora revestidos de flores agora). As máscaras utilizadas são chamadas de vesadjie e são feitas de plástico. Antigamente, as máscaras eram feitas de madeira e eram acompanhadas de rabos de cavalo.

Pessoas famosas do Valle D’Aosta

  • Anselmo de Canterbury (1033-1109): membro da Igreja Católica, foi parte importante da instituição na Inglaterra, como Arcebispo de Canterbury. Após sua morte, em 1109, foi canonizado como santo pela Igreja Católica.
  • Roberta Brunet (1965- ): atleta olímpica, foi medalhista de bronze pela Itália nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, na modalidade de atletismo. Foi medalhista na prova dos 5000m. Participou, ainda, dos Jogos de 1988, 1992 e 2000.
  • Paolo de Ceglie (1986- ): jogador de futebol, nascido em Aosta, cuja carreira de lateral-esquerdo teve maior destaque na Juventus – onde começou a carreira, em 2006, e onde jogou até 2017 – conquistando três scudetti pela Juve.

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